+ Dom Jaime Spengler
Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre
Neste final de semana vamos celebrar o Dia das Mães. Data dedicada àquelas mulheres que acolheram o dom da maternidade e a ele corresponderam. A maternidade insere a mulher numa relação específica. Ela mergulha nas raízes mais secretas da vida e emerge, depois da experiência da maternidade, transformada e renascida. Não se pode isolar a mulher-mãe dos relativos contextos familiares e da relação entre pai e filho. Mãe é mais do que uma mera figura física com a qual estamos ligados afetivamente por toda a vida. Merece destaque estudos realizados no último século, detalhando os percursos do psiquismo infantil nas etapas de seu desenvolvimento e o quanto é importante o sentimento humano de acolhimento, amor e proteção que a mãe proporciona para o futuro do fruto de suas entranhas. A celebração do Dia das Mães representa um convite a fazer memória da carinhosa presença materna em nossa história pessoal e familiar. Todos nós tivemos uma mãe que nos gerou; também nos educou e encaminhou para a vida social adulta. Dela recebemos uma determinação biológica e psicológica, tipificando nossa personalidade. É comum a muitos viajar nesta data para estar juntos à “mãe querida”. É uma forma carinhosa de reconhecer e agradecer a vocação materna. Reconhecer e agradecer: “Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida. Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida. Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância. (...) Obrigado a ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas” (S. João Paulo II).
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