Pe. Francisco Grasselli - Coordenador de Pastoral do Vicariato de Canoas
“Então, já podemos tocar os sinos”?
Foi assim, afoito, praticamente invadindo a secretaria, que chegou a mim um dos paroquianos da coordenação. Não era só questão de informação, mas uma alegria.
Nos últimos tempos, em meio a provação, nossa fé certamente cresceu e amadureceu, mas estávamos tão contidos, que agora os sinos (e tantos outros sons) vão resgatar os “aleluias” que queríamos ter rezado, cantado, em alto e bom som junto com a comunidade, nas festividades pascais, mas que certamente rezamos de modo bem mais discreto, mas não menos fervoroso, em nossas igrejas domésticas. Agora fortalecidas, por sinal.
“Nesse fim de semana, eu toco!”
Tanto entusiasmo desarmou qualquer pensamento negativo. Além do sino, há muitos outros serviços a fazer, no “novo normal”. Menos entusiasmantes talvez, mas muito importantes para nossas comunidades:
Observar distanciamento; respeitar a capacidade permitida; identificar onde sentar, onde colocar-se na fila da comunhão; ambientes abertos e arejados (mesmo com o frio); álcool gel; água sanitária; máscara; sem água benta, aperto de mão, abraço e etc... isso sem falar naquelas (agradabilíssimas) rodas de compadres e comadres na porta da igreja, colocando a conversa em dia.
Não estamos acostumados com esse novo jeito de celebrar. Alguma resistência ainda presente ou mesmo a falta de familiaridade com a situação exigirão muito de todos nós, de modo particular da Pastoral da Acolhida.
Acolher cabe a todo fiel que tem zelo por sua Igreja e certamente o fazemos. Mas a Pastoral da Acolhida, que dá à Casa de Deus os necessários traços humanos, será mais exigida, ao menos por algum tempo, pois o “novo” requer mais dedicação, empenho e trabalho para menos resultado até. Não, não é linguagem calculista. Um exemplo concreto: três missas para trinta nos exigem mais que uma para cem pessoas. Permaneçamos com os olhos em Jesus e não nos cansemos!
“Não nos cansemos de fazer o bem; se não desanimarmos, a seu tempo, colheremos”! (Gálatas 6,9)
A boa acolhida permitirá um reinício seguro, confiante, organizado e, ao mesmo tempo, fraterno, com um caráter bem comunitário.
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