Promover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário, este é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2022 (CF), que terá como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26). A proposta foi apresentada aos participantes da 58ª Assembleia Geral da CNBB na terça-feira (13) e em Coletiva de Imprensa no dia seguinte (14). Participando da coletiva para falar sobre o tema estavam o arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão para a Cultura e Educação da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva; o bispo auxiliar de Porto Alegre, dom Leomar Antônio Brustolin. Durante o momento de apresentação da Campanha da Fraternidade, Dom Leomar lembrou que a iniciativa quer considerar sempre três aspectos interligados com a realidade da educação hoje no Brasil: a pandemia, o pensamento do Papa Francisco e o Pacto Educativo Global. Para que a Campanha da Fraternidade seja melhor desenvolvida, foram propostos sete objetivos específicos, que são: analisar o contexto da educação, bem como os desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora; refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a Casa Comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres. Dom Leomar reforçou também que a campanha não vai trabalhar apenas a educação, mas a questão da cultura, a partir do questionamento: “Como vai a cultura e a civilização neste momento que estamos vivendo?”. Segundo ele, é preciso educar sempre a serviço da comunidade, preparando para uma vida comunitária, social, em um senso de comprometimento e comunhão com a realidade. “Educar é guiar os outros seres humanos de modo que eles se tornem quem eles devem ser. Isso não se faz de forma isolada: precisa da família, da escola, da Igreja e da sociedade. Em nosso objetivo trazemos humanismo integral e solidário, pensando no humano todo e para todo o ser humano e cada um contribui com um aspecto”. “Precisamos criar redes e formar um grande pacto, uma aliança, que integre as aldeias educativas: famílias, igreja, escola e sociedade. Vamos caminhar em estradas que ainda não conhecemos bem, mas sempre buscando garantir que estamos em aldeias e não ilhas”, afirma Dom Leomar. Anualmente, os temas propostos pela Campanha da Fraternidade são trabalhados a partir do método “Ver, Julgar e Agir”. Em 2022, o “Ver” será na perspectiva de escutar; o “Agir” seguirá no caminho do propor; e o “Julgar” voltará o olhar para o discernimento. O desejo da equipe executiva e do que foi proposto pelos bispos para a campanha tem em vista o que o Papa Francisco propõe no Pacto Educativo Global. Autor: Patricia Damaceno (ASCOM) Fonte: Comunicação Regional Sul 3 da CNBB
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